Paris, cidade dos amantes

2020-01-18 17.49.57

Nunca havia compreendido por que as pessoas amavam tanto Paris. Quando pisei aqui pela primeira vez, detestei tanto esta cidade. Uma das poucas coisas de que gostei foi o Musée d’Orsay.

Anos depois, eis que chego para ficar uma temporada mais longa na Cidade Luz. Os primeiros dias intercalaram indiferença e desamor. Além de ter vindo para cá ainda muito conectada ao Brasil, pensando o tempo todo na minha gata e no harém que deixara por lá, ainda tinha uma paixãozinha que tinha tornado a partida bem difícil (L., meu baiano lindo, impossível te esquecer).

A minha vida por lá estava muito boa, na verdade, embora não financeiramente. Estava me sentindo realmente feliz depois de um longo tempo bem complicado.

Passado o difícil momento de adaptação, veio o encantamento por esta cidade. Além de ter sempre desejado morar em uma megalópole, sempre quis morar em um lugar onde pudesse ter muito sexo.

Sim, eu adoro sexo, mas ter uma pessoa só não me satisfaz. Eu gosto é de fatura e variedade. Sempre quis muitos amantes, mas minha maior dificuldade sempre foi encontrar muitas pessoas que me interessassem.

Daí cheguei a Paris.

Não faz 11 meses que cheguei e já transei com mais pessoas do que nos 4 anos passados no Brasil. Da sexta até hoje, terça-feira, transei todos os dias, com 3 caras diferentes. E olhem que ainda acho que somos o país mais transante por onde já passei. Mas o que há de diferente aqui é que as ofertas me agradam.

Paris e suas banlieues têm mais de 10 milhões de pessoas e muitas delas fazem minha calcinha cair facilmente. Por isso, de hoje em diante vou falar de vários (se não todos) dos meus encontros amorosos, pois como já diz aquela piada, qual a graça de fazer e não contar? 😀

Tem sido maravilhoso realizar esse desejo, ter todas essas experiências diferentes e estar aprendendo um monte sobre pessoas por uma perspectiva muito negligenciada: o sexo.

Agora compreendo que as pessoas amam Paris porque é a cidade dos amantes para quem está abert@ a abrir seus horizontes. Não à toa Catherine Millet escreveu suas incríveis aventuras sexuais no livro “A vida sexual de Catherine M.” e Paris era o cenário de suas experiências. Desde que entrei nessa intensidade, não paro de me lembrar do seu livro.

Aguardem, pois há uma infinidade de histórias apimentadas pela frente.

À très bientôt !

 

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